quinta-feira, 25 de março de 2010

Andy and Brazil


Semana passada fui à abertura da exposição “Andy Warhol – Mr. América” na Estação Pinacoteca e achei muito interessante a visão apaixonada do artista sobre as maravilhas do “american way of life”.


As obras apresentadas são bastante variadas, incluindo 26 pinturas, 58 gravuras, 39 fotografias, 2 instalações (nuvens de prata e papel de parede), além de 44 filmes que serão exibidos sobre diferentes períodos da produção artística de Warhol (especialmente no período de 1961 a 1968). Assim sendo, tive a oportunidade de ver obras que vão além dos famosos trabalhos sobre Marylin Monroe que é quase impossível não conhecer.



Deixando as opiniões pessoais de lado sobre a cultura estadunidense (pois americanos somos também), é injusto não considerar o artista com o respeito merecido (e conquistado).

Sempre enxerguei Andy Warhol com um pouco de reservas, como um artista tão vanguardista quanto excêntrico. O bacana, no entanto, é que acabo de fazer uma revisão de alguns de meus conceitos.

As cores presentes nos trabalhos são extremamente vivas, e é impossível não se envolver na atmosfera criada.

Gostei muito dos trabalhos de fotografia, feitas com as famosas máquinas Polaroid. Para mim, as melhores são aquelas que se referem ao artista transformado em diferentes rostos de drag-queens.


Outro trabalho muito legal diz respeito ao nosso monarca tupiniquim, Pelé. Mas a este respeito, a surpresa mais grata foi o comentário que Warhol teria feito: achara o atleta muito agradável, assim como a sua família, e ao observar as cores dos pais de Pelé (bem como de sua esposa), a sua apreensão teria sido a de que “no Brasil todos possuem cores diferentes”.


Well, e não deixa de ser verdade?

Termino entusiasmada com o fato de, apesar das enganações do mundo dos “self made men”, tornou-se possível para eu pensar em uma arte a favor da diversidade. Das drag-queens às diversas cores em telas e em rostos.

Viva a diversidade em todos os sentidos!

terça-feira, 23 de março de 2010

Soundtracks

Se tivermos a sorte de envelhecer nesse mundo maluco, é provável que olhemos para trás e junto das  nossas memórias mais queridas, estarão músicas que marcaram esses momentos.

Talvez até lá eu tenha me esquecido de algumas trilhas, mas hei de me emocionar, assim como hoje, ao ouvir as doces melodias de Ennio Morricone, que conheci ao assistir a obra prima que é o filme "Cinema Paradiso". 

Stravinsky me inquieta e Morriconi me acalma. Ambos me fazem pensar na capacidade de transcendência do ser humano, e é uma pena que a inteligência é dirigida na maioria das vezes à satisfação de desejos egoísticos. 

Compartilho com vocês essa massagem na alma, que faz ouvidos e coração agradecerem.




domingo, 21 de março de 2010

Cinema

O bem vence o mal?

Sou totalmente pacifista, mas na sétima arte não há como negar que os vilões são de longe muito mais  interessantes.
De Bette Davis a Christoph Waltz, eles são sedutores, inteligentes e perspicazes. Confesso que os aprecio mais do que aos mocinhos água-com-açúcar que mais parecem "Kinder ovos": cascas bonitas e finas, mas com conteúdos muito sem graça.




Mas os reles mortais precisam do alento maniqueísta.

Finais de filmes e novelas que não seguem o script da "justiça final" fazem com que os reles mortais sintam-se grandemente frustrados.

Finais felizes muitas vezes são pura fantasia, pois a vida real se dá aos tropeços e nem sempre o mocinho se dá bem no final.

Como diria He-man numa musiquinha de idos dos saudosos 80: o bem vence o mal, vence o temporal, o azul, o amarelo, tudo é muito belo... . será mesmo?? De qualquer forma, recordar é viver.