Semana passada fui à abertura da exposição “Andy Warhol – Mr. América” na Estação Pinacoteca e achei muito interessante a visão apaixonada do artista sobre as maravilhas do “american way of life”.
As obras apresentadas são bastante variadas, incluindo 26 pinturas, 58 gravuras, 39 fotografias, 2 instalações (nuvens de prata e papel de parede), além de 44 filmes que serão exibidos sobre diferentes períodos da produção artística de Warhol (especialmente no período de 1961 a 1968). Assim sendo, tive a oportunidade de ver obras que vão além dos famosos trabalhos sobre Marylin Monroe que é quase impossível não conhecer.
Deixando as opiniões pessoais de lado sobre a cultura estadunidense (pois americanos somos também), é injusto não considerar o artista com o respeito merecido (e conquistado).
Sempre enxerguei Andy Warhol com um pouco de reservas, como um artista tão vanguardista quanto excêntrico. O bacana, no entanto, é que acabo de fazer uma revisão de alguns de meus conceitos.
As cores presentes nos trabalhos são extremamente vivas, e é impossível não se envolver na atmosfera criada.
Gostei muito dos trabalhos de fotografia, feitas com as famosas máquinas Polaroid. Para mim, as melhores são aquelas que se referem ao artista transformado em diferentes rostos de drag-queens.
Outro trabalho muito legal diz respeito ao nosso monarca tupiniquim, Pelé. Mas a este respeito, a surpresa mais grata foi o comentário que Warhol teria feito: achara o atleta muito agradável, assim como a sua família, e ao observar as cores dos pais de Pelé (bem como de sua esposa), a sua apreensão teria sido a de que “no Brasil todos possuem cores diferentes”.
Well, e não deixa de ser verdade?
Termino entusiasmada com o fato de, apesar das enganações do mundo dos “self made men”, tornou-se possível para eu pensar em uma arte a favor da diversidade. Das drag-queens às diversas cores em telas e em rostos.
Viva a diversidade em todos os sentidos!
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